Teste: Next 250 mostra o próximo passo da Dafra |
Dafra lança a street Next 250 e quer briga com as japonesas |
Para ser grande no mercado de motocicletas, é preciso começar pelas pequenas. Foi exatamente o que a Dafra fez. Agora, com quatro anos de vida e dona do terceiro lugar no ranking de motos no Brasil, a marca decidiu que era hora de se aventurar em segmentos superiores. A investida começou com o lançamento, em fevereiro, da esportiva Roadwin 250R. A segunda “carga” virá a bordo da Next 250, uma naked produzida em parceria com a taiwanesa Sanyang Industry, SYM, a mesma que fabrica a scooter Citycom 300i. O alvo da Dafra é, assumidamente, as japonesas Honda e Yamaha, que atuam no segmento com os modelos CB 300 e Fazer YS 250. Para isso, conta com alguns argumentos bastante convincentes. Como o preço. A Next chega às 200 concessionárias da marca em meados de abril tabelada em R$ 10.190. Ou seja: R$ 1.089 mais barata que a YS 2500 e exatos R$ 1.500 a menos que a CB 300. Outros bons argumentos surgem na parte mecânica. O modelo da Dafra traz um propulsor bem moderno. Como as rivais, ele é monocilíndrico e tem 4 válvulas, mas conta com balancins roletados, refrigeração líquida e câmbio de seis marchas – recursos ausentes nas rivais. Daí ser capaz de gerar potência de 25 cv a 7.500 rpm e torque de 2,75 kgfm a 6.500 giros. Quase o mesmo que o modelo da Honda, cujo motor é 20% maior e produz 26,5 cv e 2,81 kgfm. O da Yamaha, com o mesmo tamanho, tem 16% a menos de potência e torque – 21 cv e 2,1 kgfm. Pela presença da sexta marcha, a Dafra avalia que o consumo de combustível seja 15% menor que o das rivais. Como o segmento de motocicletas é bastante incipiente em Taiwan – ocupa apenas 3% do mercado de duas rodas, contra 97% das scooters –, o volume destinado à montagem em Manaus será muito importante na escala da Next – que por lá se chama T2. Tanto que as opiniões da engenharia da Dafra tiveram bastante peso nas definições do projeto. Estas intervenções aparecem na escolha de materiais de acabamento e no capricho em relação ao visual, já que o consumidor brasileiro é bem mais “romântico” em relação a seus veículos que os chineses da ilha de Formosa. O design procura destacar a esportividade do modelo – que é um pouco mais potente até que a Roadwin. Essa intenção aparece no desenho anguloso do farol, nas lanternas em led, do painel que compõe conta-giros analógico e velocímento digital, e da carenagem, que cobre inclusive a parte inferior do motor. A única diferença entre a T2 e a Next fica restrita à ergonomia. E isso se deve tanto às diferenças no biotipo de brasileiros e taiwaneses quanto à utilização prevista em cada mercado. Como em Taiwan, os trajetos devem ser mais curtos, a posição de pilotar ficou pouco mais esportiva, em uma postura mais “forçada”. No Brasil, o uso previsto é bem mais intenso e por isso o conforto foi privilegiado, com pedaleiras mais avançada e guidão mais alto, para permitir uma postura mais ereta. Todo este processo consumiu 18 meses de trabalho, custo que a Dafra espera ser muito bem recompensado com uma boa recepção no mercado. A marca espera que nos primeiros 12 meses sejam comercializados pelo menos 10 mil unidades da Next 250, volume que daria à Dafra entre 8 e 10% de participação no segmento. Nada mal para uma novata. Primeiras impressões Esportividade orientada Penbay/Taiwan – A Next tem as japonesas Honda CB 300 e Yamanha YS 250 na alça de mira. E numa primeira olhada, não fica nada a dever às rivais. O desenho, o porte e os materiais empregados inspiram igual confiança. Numa segunda olhada, percebe-se que vários pontos podem torná-la uma opção interessante. Como qualquer marca que procura se consolidar, a Dafra oferece mais por menos. Como o trem de força, em que o motor tem refrigeração líquida e balancins roletados e o câmbio oferece seis marchas. Na prática, a Next se mostra uma motocicleta bem disposta e com um ótimo escalonamento de marcha. A alteração na posição de pilotar foi certamente um acerto. A altura do guidão e o bom encaixe no tanque para os joelhos impediu o cansaço. Mesmo depois de várias voltas no Circuito Internacional de Penbay, no Sul de Taiwan, algumas lançadas, outras feitas em ritmo de passeio. Ali a pequena carenagem frontal se mostrou suficiente para aliviar a maior parte do arrasto aerodinâmico sobre o piloto. O propulsor também exibiu bastante agilidade, com boas subidas de giros, capazes de atingir a faixa vermelha muito rapidamente. Nas frenagens, o disco com duplo pistão na frente mostrou-se um pouco subdimensionado para condições de pista, onde é levado ao limite a cada entrada de curva – bem diferente das exigências no trânsito. Em condições de pista também, a suspensão pareceu um pouco macia demais. Mas essa reclamação seria bizarra se a estrada fosse como as que se encontram normalmente no Brasil – bem diferente do “tapete” de um autódromo. O banco de duas alturas bem diferenciadas encaixa bem o corpo do piloto e produz a impressão de se estar em um modelo monoposto. A interação com a moto também é facilitada pelo bom painel de instrumentos, que tem indicação da marcha engatada, hora e odômetro parcial e na clássica configuração de superesportivas de tacômetro analógico e velocímetro digital. Em alguns pontos, a agilidade e comportamento da Next até cria uma sensação de se estar em um modelo com pegada mais esportiva. Mas com um conforto típico de motos pensadas para o uso cotidiano. Ficha técnica Dafra SYM Next 250 Motor: A gasolina, quatro tempos, 249 cm³, monocilíndrico, quatro válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote, balancins roletados e refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial. Câmbio: Manual de seis marchas à frente. Potência máxima: 25 cv a 7.500 rpm. Torque máximo: 2,75 kgfm a 6.500 rpm Diâmetro e curso: 71 mm X 63 mm. Taxa de compressão: 10.5:1 Suspensão: Dianteira com garfo telescópico com curso de 110 mm. Traseira do tipo monoshock com curso de 129 mm. Pneus: 110/70 R17 na frente e 130/70 R17 atrás. Freios: Disco com pistão duplo na dianteira e simples na traseira. Dimensões: 2,00 metros de comprimento total, 0,79 m de largura, 1,05 m de altura, 1,32 m de distância entre-eixos e 0,79 m de altura do assento. Peso: 155 kg. Tanque do combustível: 14 litros. Produção: Hsin Chu, Taiwan. Montagem: Manaus, Amazonas. Preço: R$ 10.190. Veja mais: Teste: Dafra Roadwin 250R segue a estética da dinâmica Veja também: Dafra Next 250 chega em abril por R$ 10.190 Material didático para todos concursos e estudos em geral sob encomenda com até 30% de desconto. www.superapostilas.net |
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