6 de abr. de 2012

Amazônia Legal registra "possível" desmatamento em área maior que o Estado de Goiás


Amazônia Legal registra "possível" desmatamento em área maior que o Estado de Goiás
Levantamento realizado pelo Deter (sistema de detecção em tempo real) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) identificou que, no primeiro trimeste deste ano, foram registrados 381 quilômetros quadrados (km²) de áreas com "possíveis" desmatamentos nos nove Estados que compõem a Amazônia Legal.

  Segundo o Ministério do Meio Ambiente, que divulgou os dados nesta quinta-feira, o termo "possíveis" é utilizado porque variações de visibilidade impedem uma medição precisa. A área é maior do que o Estado de Goiás, que tem 340km².
Dos 381km², 22 km² foram resultados de pontos identificados em janeiro, 299 km², em fevereiro e 60 km², em março. No mesmo período do ano passado, a área de "possível desmatamento" era 135 km2, sendo que em janeiro de 2011, foram detectados 18km2; em fevereiro, 1km2; e, em março, 116 km2.
Melhor visibilidade
O presidente do Inpe, Gilberto Câmara, justifica que a maior visibilidade na região acabou gerando um aumento na identificação dos possíveis desmatamentos. Segundo Câmara, a análise dos dados de 2011 ficou comprometida pela presença de nuvens na região de onde os satélites tiraram as fotos e fazem o acompanhamento mensal de vários trechos do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
"Este ano, já tivemos praticamente visibilidade total. Então, ano passado, não havia desmatamento detectado porque nós não víamos nada. Não é correto falarmos que há evidências de aumento do desmatamento no Mato Grosso [por exemplo]", argumenta Câmara.
Já ao comparar os dados mais consolidados, em agosto de 2010 a março de 2011, o Deter  registrou 1.371,47 km² de desmatamento,  enquanto entre agosto de 2011 a março de 2012, o total chegou a 1398, 47 km², ou seja uma aumento de  27km².
Roraima foi campeão
Dos nove Estados, três apresentaram aumento significativo no desmatamento: Roraima (363%), Mato Grosso (96%) e Rondônia (9,7%), no período de agosto de 2011 a março de 2012. Nos demais estados houve redução: Pará (-41%); Amazonas (-38%); Maranhão (-73%); Acre (-45%) e Tocantins (-30%).
Uma das possibilidades do aumento do desmatamento registrado é a migração de atividades econômicas do Pará para Roraima.  Diante dos focos em Roraima e Mato Grosso, a ministra Izabella Teixeira afirmou que já há equipes do Ibama e da Polícias Rodoviária Federal e da Polícia Federal em campo para identificar as causas do aumento nas ações nas regiões.
Código Florestal
Apenas nos três primeiros meses deste ano, foram aplicadas R$ 49,5 milhões em multas, informou o Ministério.
“O que nós temos de informação em campo está associada ao debate do Código Florestal. Ainda tem gente dizendo que você pode desmatar que vai ser anistiado, mas tem muita gente também achando que o Ibama não poderia multar. Agora, eu não posso afirmar que é por causa disso  [que houve aumento em alguns Estados]”, afirmou a ministra. 
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